terça-feira, 17 de agosto de 2010

"Da janela do meu quarto."

Da janela do meu quarto fico fora da roda, vejo tudo tão abstrato, monto uma loucura colorida ao mesmo tempo destruída por mim mesma. Em movimento ao mesmo tempo parada, o sol radiante a depositar sua luz nas cores que ali deixei tudo preto e branco. Sentada em minha janela a fumar, com meu livro, viajo para qualquer lugar, onde pelo mundo inteiro sem se quer sair do lugar. Estilo intelectual cruzo minhas pernas, a refletir. Quando me deparo vem a noite, cabe a mim mostrar meu lado darkérrimo, lobos começam a uivar, sinistro é um prato fundo saboroso. Viro outra vez tudo que eu sou todo dia ao me deitar, fechada sozinha, perdida em meu quarto, longe da roda como uma criança assustada com o bicho papão debaixo de sua cama. Da minha janela, o tempo todo, tic tac, logo vou arrumar minhas malas para a próxima viagem, ao pôr-do-sol, lá estou eu a coloria minha paisagem enquadrada com um porta retrato, da janela do meu quarto, sou a pessoa mais incrível do mundo.